- Lari Pestana
- 18 de jul. de 2019
- 1 min de leitura

O que importa não é o que a gente leva, mas o que a gente deixa.
Acabo de terminar a leitura de Por Lugares Incríveis e ainda não sei o que pensar sobre a obra.
Comecei achando a narrativa arrastada, sem evolução. Completamente melancólica, o que, tudo bem, é a intenção da autora. Mas ainda assim não me cativou.
Mais adiante, senti que estava lendo sobre um relacionamento abusivo e que a própria autora não havia percebido isso. Ao terminar, fiquei na dúvida: será que isso realmente passou despercebido? A intenção era instigar o leitor? Ou era jogar a culpa de tudo de errado que acontece ali em cima de transtornos mentais?
Essa confusão me fez não gostar tanto do desenvolvimento do romance entre Violet e Theodore, os personagens principais. Theodore é a "aberração" da escola, enquanto Violet é queridinha, tem amigos e um garoto popular querendo se jogar aos seus pés. Mas a culpa por não ter podido salvar a vida de sua irmã a consome.
Em uma circunstância inusitada, os dois se conhecem e, após muita insistência de Theodore, Violet cede e resolve dar uma chance àquela amizade. E talvez até a algo maior.
Talvez, se eu fosse mais nova, teria achado o livro realmente muito bom. Mas aqui, aos meus 25 anos, não consigo deixar de problematizar uma potencial relação abusiva.
Por esses motivos, dei 3 estrelas para Por Lugares Incríveis e penso em, talvez, dar outra chance à sua leitura futuramente.
Uma observação extremamente importante: caso resolva ler, não deixe de lado as palavras finais da autora. Elas, sim, são importantes, se interpretadas corretamente.


